Ciências Biológicas - Licenciatura

Ciências Biologicas - Licenciatura

  Olá, somos alunos graduandos em Ciências Biológicas da Faculdade Católica Salesiana, Vitória - ES. Criamos o blog para falar um ...

quinta-feira, 30 de junho de 2016

AVES

As aves constituem dentre dos vertebrados um dos maiores grupos, estimando-se em mais de nove mil espécies, possuindo características diversificadas. As aves surgiram no Período Jurássico, sendo a mais antiga, o fóssil encontrado conhecido como o Archaeopteryx que apresentava características intermediárias entre os répteis e aves. Muitas espécies de aves surgiram e mais tarde se extinguiram junto aos dinossauros, entretanto, evoluíram transformando-se em um dos grupos de animais mais variados do planeta. Porém, a origem das aves é um tema muito polêmico devido a controvérsias de opiniões, acreditando-se que as aves evoluíram dos dinossauros predatórios de duas pernas, sendo essa opinião mantida por diversas descobertas de fósseis com tais características.



(Fonte: http://www.arktimes.com/binary/c85b/archaeopteryx_jpg-magnum.jpg)


ORIGEM DO VÔO
Com o avanço do conhecimento, especulações sobre a origem das penas têm caído por terra, como por exemplo, que surgiram com uma única função específica, como o voo (PRUM & BRUSH, 2004 APUD FAVRETTO, 2009). Existem duas teorias que discutem a origem do vôo nas aves, uma conhecida como chão-ar, ou seja, animais correndo começaram a voar, e outra árvore-ar, quando um animal arborícola, pulando de uma árvore e usando suas penas como um pára-quedas, alçaria vôo . A segunda teoria poderia ser mais fácil, ao contrário do surgimento do vôo no chão, que supostamente iria contra a força da gravidade (HEDENSTRÖM, 2002 APUD FAVRETTO, 2009).
Representação esquemática de três teorias de origem do vôo: A. origem arbórea, B. origem cursorial, e C. teoria de escape por escalada. Modificado de Benton, 2008 (A e B) e Elzanowski, 2002 (C).

AVES PRÉ-HISTÓRICAS DO BRASIL

A avifauna pré-histórica do Brasil deve ter sido fantástica - as poucas espécies reconhecidas como válidas até agora atestam a variedade das mesmas. A Paleontologia brasileira ( em especial o estudos das aves fósseis nativas)  ainda está se desenvolvendo e com a melhor exploração dos nossos sítios arqueológicos o número de espécies catalogadas deve aumentar muito (como exemplo, ver Mayr,G. 2011 - nova espécie descrita de ave terrestre de pequeno porte - Itaboravis elaphrocnemoides - ainda não a desenhei pois espero melhor definição sobre qual família de aves ela pertence - parece ser tipo seriema ou tinamídeo)
O achado de pena fóssil ("down feather") do período Cretáceo inicial na Formação lacustre da Bacia do Araripe, no nordeste do Brasil, é o mais antigo registro de fóssil ornitológico  do país.  Essa pena, de aspecto macio da região próxima da pele da ave, sugere evidência de termorregulação efetiva  e é a primeira prova de Aves do período Mesozoico no Brasil (Kellner A.W.A. et al. ,1994). Em 2010  pesquisadores localizaram vários fósseis de aves primitivas do grupo Enantiornithes (grupo extinto de Aves onde a maioria possuía características primitivas, como bicos com dentes e garras nas asas, ao contrário dos Neornithescujos representantes são as aves atuais) datados de cerca de 80 milhões de anos atrás, na região de Presidente Prudente, São Paulo - esses espécimes ainda não foram devidamente catalogados.Quando as primeiras aves apareceram no período Jurássico houve forte concorrência com os pterossauros (répteis voadores contemporâneos dos dinossauros) durante boa parte do restante da era Mesozoica. Enquanto os pterossauros dominavam as regiões costeiras, as aves desenvolveram-se mais no interior dos continentes nesse período.

terça-feira, 28 de junho de 2016

O HOMEM DE LAGOA SANTA

Na Região Cársica de Lagoa Santa, há 10 ou 12 mil anos atrás, viviam pequenos e grandes grupos humanos. Esta ossada humana, pertence a elementos desses grupos que moravam especialmente na região da Lapinha. Em uma caverna, onde foram enterrados.
O nível cultural deles não foi inferir ao de grupo de humanos contemporâneos, que habitavam em outros continentes;
Este material inédito é a mais recente descoberta sobre o Homem de Lagoa Santa e tem grande significado para a conservação e preservação da história de Lagoa Santo.
Os Fosseis estão expostos de maneira similar à que foram encontrados, sendo conversados em terra original e na mesma forma posição em que foram achados.
Descoberto e Reconstruído – Mihály Bányai, outubro e novembro de 1987.


sábado, 25 de junho de 2016

RÉPTEIS

Répteis vem do latim reptum, que significa rastejar, referência ao meio de locomoção característico desses animais. Os primeiros répteis surgiram de anfíbios ancestrais, há 340 milhões de anos atrás no período Carbonífero, mas foi na era Mesozoica que ocorreu uma grande radiação. Eles são os primeiros vertebrados a conquistarem definitivamente o ambiente terrestre, essa conquista se deu devido a pele ser rígida e escamosa, protegendo-os da perda excessiva de água e do desgaste contínuo pelo movimento e pela reprodução através do ovo amniótico, sendo o aspecto mais importante. 

Durante a visita ao museu da PUC em MG, observamos muitos espécimes que representam esse grupo, e destacamos alguns exemplares desses grande acervo. 


CROCODILIFORMES


A ordem Crocodylia é formada por répteis gigantes que surgiram no final do Cretáceo, há cerca de 83,5 milhões anos. São os parentes viventes mais próximos das aves, sendo esses os únicos sobreviventes do grupo Archosauria.


Crocodiliformes extintos

O purrusauro (Purussaurus brasiliensis) viveu durante o período Mioceno, a cerca de 15 a 8 milhões de anos atrás. Sendo o maior predador da amazônia, estima-se que possuía 12 metros de comprimento, mas alguns indivíduos poderiam chegar a 18 metros. Sua dieta era composta por grandes mamíferos herbívoros que se aproximavam das margens dos rios, peixes e outros crocodiliformes.  O crânio do purrusauro observado no museu da PUC-MG, mede aproximadamente 1,30 metros.



Purussaurus brasiliensis (Purrusauro)


                                                                                                    Foto: Corrêa, 2016.


Crocodiliformes atuais


A espécie africana Crocodylus niloticus está distribuída da bacia do Nilo às regiões do sul do deserto do Saara a Madagáscar e ao arquipélago das Comores. É o maior crocodilo da África e o segundo maior do mundo (perdendo para o crocodilo-de-água-salgada), medindo de 2,4 a 5,5 metros. No Egito Antigo, esses crocodilos eram considerados animais sagrados, eles foram adorados e mumificados pelos egípcios.



Crocodylus niloticus (Crocodilo-do-nilo)


                                                                                                    Foto: Corrêa, 2016.




DINOSAURIA


Os dinossauros surgiram a cerca de 230 milhões de anos atrás, e dominaram a terra por 135 milhões de anos, durante o período do Triássico até o final do Cretáceo, até a grande extinção em massa, devido o impacto de um asteroide no planeta.


Dinossauro da América de Sul 

O Amargassauro (Amargasaurus cazaui) viveu na América do Sul, na região atualmente denominada Argentina,  entre 129 a 122 milhões de anos atrás durante o Cretáceo. Herbívoro, media aproximadamente 2,5 metros de altura e 10 metros de comprimento, apresentava prolongamentos bifurcados nas vértebras, que iniciava atrás da cabeça até o início da cauda, essa adaptação provavelmente servia de proteção conta predadores.



Amargasaurus cazaui (Amargassauro)

                                                                                     Foto: Ferreira, 2016.



T-rex

T-rex, o dinossauro mais conhecido atualmente, graças a sua popularidade no cinema, viveu entre 67 a 65 milhões de anos no final Cretáceo, na América do Norte. Carnívoro, bípede, chegava a medir 12 metros de comprimento e 5 de altura e pesava cerca de 8 toneladas.



Tyrannosaurus rex (Tiranossauro)

                                                                                              Foto: Luz, 2016.




REFERÊNCIAS
SIMBIOTICA. Reptilia. 2016. Disponível em: <http://simbiotica.org/reptilia.htm>. Acesso em: 25 jun 2016.
WIKIPÉDIA. Crocodylia. 2016. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Crocodylia>. Acesso em: 25 jun 2016.
WIKIPÉDIA. Purusauro. 2015. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Purussauro>. Acesso em: 25 jun 2016.
UFA. Purussaurus brasiliensis. 2016. Disponível em: <http://www.ufac.br/portal/unidades-academicas/laboratorios/laboratorio-de-paleontologia/sala-de-exposicao/acervo/purussaurus-brasiliensis>. Acesso em: 25 jun 2016.
WIKIPÉDIA. Crocodilo-do-nilo. 2016,Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Crocodilo-do-nilo>. Acesso em: 25 jun 2016.
WIKIPÉDIA. Dinossauros. 2016,Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Dinossauros>. Acesso em: 25 jun 2016.
AVPH. Amargassauro. 2016. Disponível em: <http://www.avph.com.br/amargassauro.htm>. Acesso em: 25 jun 2016.
AVPH. Tiranossauro Rex. 2016. Disponível em: <http://www.avph.com.br/tiranossauro.htm>. Acesso em: 25 jun 2016.

MUSEU ARQUEOLÓGICO DA LAPINHA: Guardião do Patrimônio Arqueológico de Lagoa Santa-MG

                                                                                                                                                  Foto: Luz,2016

O Museu Arqueológico da Lapinha, ou Castelinho - carinhosamente chamado pelos visitantes, é rico em informação na área da arqueologia.
Finas paredes de pedra dividem pequenas salas repletas de peças arqueológicas coletadas na região, o que chama atenção de muitos alunos de ensino superior, na área de Ciências Naturais, sem excluir os alunos do Ensino Médio e Fundamental.
O museu é aberto ao público e para entrar é pago um valor simbólico de R$ 3,00, para garantir a manutenção das peças.
Andando pelos curtos corredores do museu, o visitante é convidado a desfrutar de uma viagem no tempo, conhecendo, parcialmente, a fauna e a flora de, mais ou menos, 5000 anos atrás. Conhecendo também as armas e os mecanismo que nossos ancestrais tinham para se aquecer e cozinhar os alimentos.
O castelinho foi construído pelo arqueólogo húngaro Mihály Bányai (1920-2005), inaugurado no ano de 1972 e até hoje recebe visitação pré agendada de diversas pessoas e instituições.






                                      


                                       


                                       


                                  

                                   
                               
                                       
                     

Corpo do gorila Idi Amin está em exposição no Museu de Ciências Naturais





Famoso habitante do Zoológico de Belo Horizonte, o gorila Idi Amin morreu em março de 2012, aos 38 anos, deixando para trás uma legião de fãs desolados. Sua história, porém, acaba de ser eternizada. Depois de passar por um processo inovador de taxidermia - que possibilitou a permanência original da pele, dos pelos e dos dedos -, o corpo do primata tornou-se a estrela da exposição Fauna Exótica, em cartaz no Museu de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). O espaço foi reaberto na última terça (17), após onze meses de uma reforma motivada por um incêndio, que atingiu o prédio em janeiro.


Idi Amin ficará lado a lado com Cleópatra, gorila que também foi levada do zoológico e perto dos esqueletos dos elefantes Joca e Margarete. "Estamos honrando a memória do Idi, que, além de patrimônio mundial, é um bem da nossa cidade", diz o diretor da Fundação Zoobotânica, Carlaile Coelho. Para deixar o primata com aparência de vivo, foi utilizada uma técnica especial de curtimento de couro, idêntica à aplicada em bovinos, desenvolvida pela Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa). De acordo com o coordenador do museu, Bonifácio José Teixeira, o método tradicional, baseado no curtimento com compostos à base de alumínio, deixaria o couro quebradiço com o passar dos anos. O preenchimento de poliuretano também foi caprichado com cimento especial para dar mais firmeza e durabilidade.


quarta-feira, 22 de junho de 2016

Experiência inesquecível na paleontologia

Visitando o museu, tivemos a honra e o prazer de conhecer Prof. Cartelle , atualmente considerado o maior paleontólogo do Brasil, e sermos presenteados com a observação do seu acervo particular voltado para a pesquisa, ocasionando uma sensação de tirar o fôlego, e compartilhando conosco um pouco dos seus conhecimentos.


''Obrigada prof. Cartelle por dividir o seu tempo conosco! Certamente foi um grande aprendizado! Obrigada por nos mostrar a Coleção de Paleonto da PUC-Mg, nos falar um pouco de seus trabalhos, nos mostrar lindos fósseis e ainda nos doar livros de sua autoria! Simplesmente fantástico!''  (depoimento da prof. Rafaela Duda Paes)

Gruta do maquiné - Os grandes salões e a rota de Peter Lund

Uma viagem subterrânea em meio às belezas naturais é aventura garantida para quem visita a Gruta do Maquiné, localizada na cidade de Cordisburgo, a 120 km de Belo Horizonte. A caverna, descoberta em 1825, pelo fazendeiro Joaquim Maria Maquiné, o Seu Maquiné, é considerada o berço da paleontologia brasileira e possui sete salões com belíssimas formas arquitetônicas, esculpidas pelo trabalho da água durante milênios.



A exploração científica do local foi realizada pelo dinamarquês Peter Wihelm Lund, quase uma década depois do achado na fazenda de Seu Maquiné. Ele fazia peregrinações pela bacia do Rio das Velhas à procura de espécies de animais e vegetais. Durante dois anos de pesquisa, o botânico e zoólogo descobriu restos humanos e de animais pré-históricos originários do período Quaternário, que corresponde à Era Cenozoica da escala de tempo geológica. Entre eles, esqueletos de aves fossilizadas com curvaturas de até três metros.

A Gruta do Maquiné se tornou ponto turístico da terra do escritor Guimarães Rosa por abrigar, ao longo de 650 metros, belas esculturas naturais e estalactites de diversas formas no teto da caverna. A área aberta para os visitantes, com aproximadamente 400 metros de extensão, é estrategicamente iluminada para realçar as figuras desenhadas pelo tempo. O passeio pela gruta é feito por seguras passarelas e é acompanhado por um guia local. 

Os salões e as galerias encantam e provocam a imaginação do turista. No Salão do Urso ou do Elefante, por exemplo, um grande cogumelo lembra o formato da explosão de uma bomba atômica. Já na Galeria das Fadas, é possível encontrar cristais brilhantes, parecidos com franjas, grinaldas e lustres.










MAMÍFEROS


  "Todos estes deslumbrantes primores da natureza são realçados 

pelos mais delicados ornatos  tanto de formas fantásticas quanto de 

bom gosto, franjas,  grinaldas e uma infinidade de outros enfeites, 

cuja enumeração seria  fastidiosa e incapaz de dar idéia da  beleza 

do conjunto àqueles que não o viram com os próprios olhos".  


Mamíferos

Os mamíferos (do latim científico Mammalia) constituem uma classe de animais vertebrados, que se caracterizam pela presença de glândulas mamárias que, nas fêmeas, produzem leite para alimentação dos filhotes (ou crias), presença de pelos ou cabelos, com exceção dos golfinhos e de algumas baleias, que somente na fase embrionária possuem pelos. São animais endotérmicos (com exceção do rato-toupeira-pelado), ou seja, de temperatura constante, também conhecidos como "animais de sangue quente". O cérebro controla a temperatura corporal e osistema circulatório, incluindo o coração (com quatro câmaras). Os mamíferos incluem 5 416 espécies (incluindo osseres humanos), distribuídas em aproximadamente 1 200 gêneros, 152 famílias e até 46 ordens, de acordo com o compêndio publicado por Wilson e Reeder (2005). Entretanto novas espécies são descobertas a cada ano, aumentando esse número; e até o final de 2007, o número chegava a 5 558 espécies de mamíferos.

Acredita-se que os primeiros mamíferos surgiram no período Jurássico, entre 176 e 161 milhões de anos atrás, durante o reinado dos Dinossauros. Novas evidências científicas, entretanto, sugerem que os precursores dos mamíferos podem ter surgido há pelo menos 208 milhões de anos, durante o período Triássico Superior.



                                                                     Fonte:www.nativebiodiversidade.com.br

                                                                           Fonte:www.nativebiodiversidade.com.br


                                                                    Fonte:www.nativebiodiversidade.com.br

Evolução de mamíferos

Os mamíferos são os atuais descendentes dos sinapsídeos, o primeiro grupo bem estabelecido de amniotas que surgiu no Carbonífero Superior. Os sinapsídeos apresentavam várias características mamíferas, notadamente a existência de uma única fossa temporal de cada lado do crânio e a diferenciação de dentes molares, mas no essencial, a sua anatomia manteve-se tipicamente reptiliana, com membros transversais, coanas e uma pequena cavidade neurocraniana.
Mammaliaformes


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––Mammalia






A classe Sinapsida compreendia duas ordens: a Pelicosauria, um grupo mais primitivo; e a Therapsida, chamada também de répteis mamalianos evoluídos, que representam a transição para os verdadeiros mamíferos. Dentro da última, encontram-se os cinodontes, grupo que serviu de transição entre os répteis e os mamíferos. Nos cinodontes observam-se vários traços mamalianos, como a fossa temporal aumentada, o número de ossos que forma a parte superior do crânio é reduzido, diferencia-se o palato secundário, a parede do neurocrânio modifica a sua organização, e os dentes tornam-se cada vez mais complexos e especializados.
Os primeiros mamíferos, ou mamaliformes como são tipicamente conhecidos, apareceram no período Triássico. Durante todo o restante da era Mesozoica, estes primitivos mamíferos, conhecidos em sua maioria por poucos esqueletos e de considerável número de crânios, mandíbulas e dentes, foram animais de tamanho diminuto e ecologicamente insignificantes. Entretanto, sua contribuição foi especialmente importante para a evolução, pois foi durante o final do Jurássico e início do Cretáceo que estes animais estabeleceram as características básicas mamíferas que levaram a uma tremenda variedade de formas que viveram durante a era Cenozoica.

Houve dois grandes períodos de diversificação dos mamíferos durante a era Mesozoica. O primeiro, englobando o final do Triássico e o Jurássico e estendendo-se pelo Cretáceo Inferior, produziu formas de transição do estágio reptiliano para o mamífero, conhecidas como mamaliformes, que em sua maioria, não sobreviveu além da era Mesozoica. A segunda radiação, a qual ocorreu no Cretáceo Médio, foi composta de mamíferos mais derivados, ou seja os verdadeiros mamíferos, incluindo os primeiros térios.


Fósseis 

Em relação aos mamíferos pré históricos, há uma exposição  denominada  "A grande extinção:11 mil anos".  Neste espaço estão expostos réplicas e esqueletos completos de fósseis como o da preguiça gigante (Eremontherium laurilardi), que se destaca pelo seu tamanho e o fascínio que desperta nas pessoas. Há também fósseis de outros animais como do tigre-dentes-de-sabre, toxodonte, o macaco Protopithecus. 
                                                               Fonte: Paes,2016

                                                                                                             Fonte: Nunes,2016




Os mastodontes fazem parte da ordem Proboscidea, onde se incluem os mamutes e os elefantes. Surgidos em África, separaram-se da linhagem dos mamutes e elefantes há cerca de 30 milhões e espalharam-se pela Europa – incluindo Portugal, onde se encontraram fósseis no vale do Tejo e no vale do Sado – e pela Ásia. Na Europa estes mamíferos desapareceram há cerca dmme dois milhões de anos. Mas viveram mais tempo no continente americano, para onde entretanto migraram através de uma ponte terrestre, no estreito de Bering, entre a Ásia e a América do Norte. Aqui, evoluíram para uma espécie nova. Os fósseis mais antigos do mastodonte americano – cujo nome científico é Mammut americanum – têm 3,5 milhões de anos.

O mamute-lanudo, Mammuthus primigenius, que surgiu só há 200.000 anos na Ásia e viveu até há 5000 anos, chegou a conviver com o mastodonte na América do Norte. Além das diferenças anatómicas – o mamute podia ter mais de quatro metros de altura, era cabeçudo e as enormes presas eram enroladas para dentro, enquanto o mastodonte atingia dois a três metros e tinha presas encurvadas para cima –, havia diferenças ecológicas.

“Os mamutes-lanudos dependiam de gramíneas e de outro tipo de pastagem, e estavam bem adaptados a habitats semiáridos de estepes e tundra, geralmente sem árvores”, explica o artigo da equipa, cujo primeiro autor é Grant Zazula, do Programa de Paleontologia de Yukon, do Governo do Território do Yukon, no Canadá, ao lado do Alasca. “Por outro lado, os mastodontes dependiam de árvores e habitavam preferencialmente bosques de coníferas e bosques mistos com pântanos”, lê-se no artigo.

Depois do penúltimo período glaciar, veio um período mais quente há cerca de 125.000 anos, em que as florestas de coníferas chegaram até ao Alasca, e com elas estariam os mastodontes. Mas há 75.000 anos já tinha voltado um novo (e último) período glaciar, que deveria ter tido impacto nas populações de mastodontes: as baixas temperaturas teriam obrigado as florestas de coníferas a recuar para sul, substituídas pela tundra.

“Os dentes de mastodonte eram eficazes a desfolhar e esmagar os galhos, as folhas e os troncos de arbustos e árvores”, explica Grant Zazula, num comunicado do Museu Americano de História Natural, em Nova Iorque. “Por isso, pareceria improvável que eles fossem capazes de sobreviver em zonas como o Alasca e o Yukon, no último período glaciar.”

No entanto, as datações por carbono 14 de fósseis de ossos de mastodonte daquelas regiões indicavam que havia fósseis com mais de 50.000 anos (a idade máxima que o carbono 14 consegue datar), mas também com apenas 18.500 anos, em plena altura glaciar. Estes resultados sugeriam que as populações de mastodontes se mantiveram lá quando já não havia árvores e sobreviveram, pelo menos, até muito perto da grande extinção das 70 espécies de mamíferos, há 10.000 anos.

Nesse contexto, era impossível não meter os humanos na equação das causas da extinção dos mastodontes no Alasca e Yukon, já que entrámos na América do Norte, pelo estreito de Bering, há cerca de 13.000 anos.

Mas a contradição ecológica sobre a alimentação dos mastodontes e os ecossistemas existentes durante o último período glaciar levou a equipa a duvidar das antigas datações de carbono 14. “É razoável suspeitar de que as datas relatadas no passado estavam erradas”, dizem os autores.

As novas datações de dezenas de fósseis revelaram que os ossos são de mastodontes que calcorreavam o Alasca e o Yukon há mais de 50.000 anos. As antigas análises estariam contaminadas.

“Os mastodontes não habitaram o Norte durante muito tempo”, diz Grant Zazula. “O avanço da glaciação há 75.000 anos levou ao extermínio dos seus habitats.”

Algum tempo antes da derradeira extinção, há 10.000 anos, a Terra voltou a aquecer, os gelos recuaram e as coníferas reconquistaram o Canadá e o Alasca. As alterações do clima podem ter tido um papel na extinção final. O certo é que o mastodonte americano já não voltou ao Norte.

                                                        Fonte:https://www.publico.pt/ciencia/

                                                                                 Fonte:https://www.publico.pt/ciencia/

Referências
COLECIONADORES DE OSSOS. Mamiferos. 2016. Disponível em: <http://detetivesdopassado.colecionadoresdeossos.com/2015/11/conhecendo-museus-pequeno-e-simples.html>. Acesso em: 20 jun 2016.
WIKIPÉDIA. Mamiferos. 2016. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/mamiferos>. Acesso em: 20 jun 2016.
REVISTA ELETRONICA. 2008. Disponível em: <http://www.pucminas.br/graduacao/cursos/arquivos/ARE_ARQ_REVIS_ELETR20081113114321.pdf?PHPSESSID=0c38e876e4283b050fa405791b3eeb9e>. Acesso em: 24 jun 2016.

Gruta da Lapinha



Eleita como uma das sete maravilhas da Estrada Real, a gruta possui 511 metros de extensão, um sistema de iluminação artificial e um conjunto de cortinas denominado candelabros. Dentre os diversos salões que compõem a gruta, oito são visitados e recebem os nomes relacionados às características dos espeleotemas que se formam em diferentes partes da gruta. 


Foi descoberta por volta de 1835 pelo Dinamarquês Peter W. Lund.

                                                                                                        Foto: Paes, 2016.

                                                                                                        Foto: Paes, 2016.
                                                                                                        Foto: Paes, 2016.
                                                                                                          Foto: Paes, 2016.


Foto: Paes, 2016.
                                                                                                      Foto: Paes, 2016.


Durante a visitação foi elaborado um vídeo cômico em homenagem a gruta da lapinha, onde pode ser conferido logo abaixo: